Adeus pen drives e HDs externos, gastos com equipamentos, manutenção, equipe especializada etc. Desde que o cloud computing surgiu, os processos ficaram mais simples, rápidos e acessíveis – além de ser muito mais barato ter um banco de dados eficiente e disponível a qualquer momento.
Mas assim como nos provedores físicos, esse tipo de tecnologia ainda não é invulnerável aos ataques dos cibercriminosos. Então, como é feita a segurança de dados em nuvem?
Pesquisa da Check Point Research mostra que o número de ataques cibernéticos em todo o mundo aumentaram 30% no segundo trimestre de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado. Foram em média 1.636 por semana.
Se você achou muito, espere para ver os resultados brasileiros. O estudo mostra ainda que por aqui foram 2.754 ataques semanais no mesmo período – 67% a mais do que no segundo trimestre de 2023.
Como alvos constantes, informações valiosas de empresas e clientes precisam ser protegidos pelas empresas em respeito às legislações e à segurança dos negócios e dos consumidores.
Por isso, a segurança na nuvem também passa por mudanças, sendo continuamente aperfeiçoada para tomar a dianteira na corrida contra os ataques.
Para entender melhor como é feita a proteção de dados em nuvem, leia este artigo até o fim e descubra tudo o que é preciso saber sobre o assunto.
O que é segurança de dados em nuvem?
A segurança de dados funciona preventivamente, com a instalação de barreiras entre o acesso e a visibilidade de dados sigilosos.
Há várias práticas, controles e tecnologias que visam proteger tanto a rede quanto o armazenamento contra ameaças internas e externas.
Além disso, as práticas de segurança em nuvem promovem também o gerenciamento de acesso, a governança, a conformidade de dados e a recuperação de desastres.
Há três tipos de segurança em nuvem:
- Nuvem pública:
A nuvem pública é a mais comum, utilizada por empresas do mundo inteiro, porque é mais elástica e barata, portanto mais acessível aos mais diversos modelos de negócios.
Funciona como SaaS, então o cliente pode dimensionar o serviço contratado de acordo com a sua demanda.
- Nuvem privada:
A diferença em relação à pública é que a infraestrutura contratada não é compartilhada com outros clientes. Ou seja, toda a estrutura personalizada de acordo com a cultura e as necessidades de produção, sendo então planejada e executada exclusivamente para a empresa contratante.
- Nuvem híbrida:
É o melhor dos dois modelos. Assim, é possível definir funções para diferentes dinâmicas. Por exemplo, pode-se usar a privada para dados críticos e a pública para privacidade.
Nos três tipos de nuvem a segurança é feita, basicamente, da mesma forma: através da capacitação de equipes e usuários e monitoramento e proteção constante de ameaças.
Porém, nas nuvens privadas e híbridas é possível guardar dados sensíveis/críticos em servidores exclusivos e com acesso mais restrito. Entretanto, mesmo nas redes públicas também é possível conseguir isolamento completo dos dados assistidos por módulos de monitoramento.
Principais ameaças à segurança de dados em nuvem
Apesar do uso crescente do cloud computing, nem todas as organizações estão preparadas para as ameaças cibernéticas. Afinal, apesar de os provedores de nuvem oferecerem algumas proteções, a principal responsabilidade é a disponibilidade do serviço em nuvem.
Dessa forma, é muito importante que você conheça as principais ameaças e desenvolva estratégias de proteção eficazes, com treinamento dos colaboradores para identificar e evitar os maiores riscos.
Conheça três das ameaças mais comuns à segurança em nuvem e comece a preparar sua estratégia:
Malware
O cibercriminoso instiga o usuário a clicar em anexo malicioso no e-mail ou em um link de rede social, por exemplo. Dessa forma, é feito o download do malware, que passa a roubar os dados armazenados na nuvem.
DDoS
DDoS são os ataques de negação de serviço distribuído (DDoS), que se aproveitam dos limites de capacidade dos recursos de rede, que só conseguem atender a um determinado número de solicitações simultâneas.
Assim, o DDoS envia múltiplas solicitações com o objetivo de exceder a capacidade do site e impedir seu funcionamento total, ou seja, a “negação do serviço”. Com isso, o criminoso pode pedir um pagamento para interromper o ataque ou ter a intenção de prejudicar a concorrência.
Vulnerabilidades de configuração
A maioria das empresas utiliza diferentes sistemas operacionais e cada um precisa de configurações específicas. Por isso, evitar erros não é tão simples quanto pode parecer a princípio e as configurações incorretas acabam sendo uma porta escancarada para pessoas má intencionadas.
As configurações incorretas mais comuns são a falta de atualização do sistema, o uso de credenciais de acesso padronizadas, falta de proteção adequada a arquivos e diretórios, configurações incompletas ou incorretas em dispositivos de rede, excesso de permissões concedidas, falta de manutenção de contas obsoletas ou ociosas, exposição de dados devido a permissão abusiva de compartilhamentos, criptografia desabilitada e controles padrão de segurança desabilitados.
Estratégias de segurança de dados em nuvem
Como você viu, os sistemas em nuvem estão tão sujeitos a ataques cibernéticos quanto os sistemas on premise, aqueles cujos equipamentos estão instalados na própria empresa. Por isso é fundamental que as empresas desenvolvam boas práticas de segurança em nuvem.
A criptografia de dados em trânsito, repouso e uso é essencial na segurança de informações em nuvem. Os dados estão em repouso quando estão armazenados em mídias ou dispositivos – sejam em nuvem, em um servidor físico, disco rígido, SSD etc.
Podem ser as informações financeiras sensíveis de uma empresa, por exemplo. Nesse caso, os padrões avançados de criptografia de dados (simétrica, assimétrica e de chave) impedem o acesso não autorizado.
Já os dados em trânsito são aqueles que estão sendo enviados pela internet ou redes internas. Aqui a proteção é feita por tecnologia como a Transport Layer Security (TLS), que faz a proteção da informação durante seu movimento de transporte.
E quando estão sendo utilizados, ou seja, sendo de alguma forma processados por alguma aplicação, os dados são protegidos por técnicas como senhas fortes, autenticação em camadas etc.
A autenticação multifator, também conhecida como MFA, por exemplo, garante uma série de proteções contra ameaças baseadas em credenciais, como contra os ataques de phishing e fadiga de senha, aumentando a segurança dos dados em nuvem.
Ferramentas e tecnologias para segurança em nuvem
Há várias ferramentas e tecnologias para o gerenciamento da segurança em nuvem, muitas delas oferecidas pelos principais provedores.
O Google Cloud, por exemplo, oferece o Assure Workloads (controles de segurança e conformidade para cargas de trabalho confidenciais), Cloud Data Loss Prevention (plataforma de inspeção, classificação e edição de dados confidenciais) e o Cloud IDS (detecção contra ameaças à rede gerenciada e nativa da nuvem).
Já a Amazon oferece a AWS (Amazon Web Services), uma infraestrutura de nuvem global que oferece mais de 300 serviços e recursos de segurança automatizados e com orientação e suporte de ponta a ponta.
E a Azure, serviço em nuvem da Microsoft, oferece uma dezena de serviços, como o Key Vault, Cloud Defender, proteção contra DDoS, Gateway de apps e o Razão Confidencial, que armazena dados não estruturados à prova de adulteração e com verificação criptografada.
Por outro lado, as ferramentas de monitoramento e auditoria contínua otimizam a rotina dos profissionais, identificando e mitigando ameaças antes que possam causar danos significativos. Alguns recursos de um bom software especializado são a detecção automatizada de anomalias, gerenciamento de vulnerabilidades e alertas em tempo real e suporte à conformidade regulatória.
Boas práticas para garantir a segurança dos dados em nuvem
Garantir a segurança dos dados em nuvem é uma prática que exige um esforço contínuo, mas bastante compensatório. Algumas ações são indispensáveis para o bom andamento dos processos e a proteção dos dados.
As atualizações regulares, por exemplo, são indispensáveis, assim como o Patch Management – a reconciliação do estado de implantação para atualizações de produtos de software, inclusive com a criação de relatórios.
Por outro lado, o treinamento dos colaboradores é indispensável para evitar erros e deslizes humanos que podem facilitar a entrada de hackers e a evasão de dados sensíveis.
O conhecimento e a conscientização sobre a segurança cibernética e as consequências de suas falhas é crucial para uma boa política de segurança de dados em nuvem.
Assim, através da simulação de ataques cibernéticos é possível treinar a identificação de vulnerabilidades em aplicações, redes e sistemas. Já a auditoria de segurança através da avaliação sistemática dos controles garante a conformidade com as regulamentações.
Compliance e regulamentações
O compliance de segurança em nuvem também é um procedimento importante nesse contexto. Ele é um conjunto de procedimentos e regras que visa garantir a conformidade da empresa com as normas estabelecidas, sejam determinações legais ou resoluções internas.
Algumas que mais impactam a segurança de dados na nuvem são a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), a GDPR (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados, em português), em vigor desde 2018 na União Europeia, e a HIPA, (Health Insurance Portability and Accountability Act), uma lei americana que tem servido de inspiração para as empresas brasileiras.
Busque soluções personalizadas para a segurança em nuvem da sua empresa
Como você viu, o cloud computing está tão vulnerável quanto on premise em relação às ameaças cibernéticas, Assim, os problemas de segurança em nuvem são universais, e independem do tamanho ou da área da empresa. Mas há muitas formas de otimizar a proteção dos dados em nuvem, garantindo muita eficiência e também a adequação às normas vigentes.
É muito importante, portanto, encontrar soluções personalizadas para problemas específicos de cada empresa, lembrando sempre que a capacitação da equipe é uma medida preventiva fundamental para a eficácia da segurança em nuvem.
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