Nos dias de hoje, a mitigação de riscos é um fator que requer muita atenção da organização para evitar que possíveis problemas possam impactar de forma negativa os processos do negócio. Na gestão de projetos, o gerenciamento de riscos é fundamental para que a entrega final seja bem sucedida.
Um gerente de projeto precisa avaliar os riscos da melhor maneira possível, por isso, é preciso criar um plano eficiente e com estratégias assertivas para a execução de um gerenciamento de qualidade. A gestão e mitigação de riscos é uma proteção para que as etapas de um projeto não sejam prejudicadas.
Neste artigo, explicamos o conceito de mitigação de riscos, quais são os principais riscos para um projeto e 7 estratégias para criar um plano eficiente e assertivo para evitar esses impactos negativos. Confira!
O que é mitigação de riscos?
Mitigação de riscos é um conjunto de ações preventivas implementadas de forma estratégica, com a finalidade de evitar ou minimizar possíveis problemas e ameaças. Dessa forma, os gestores conseguem ter uma visão ampla dos processos, identificar os gargalos com mais facilidade e assim, fazer as ações corretivas com eficiência.
Para colocar essas ações em prática, é necessário ter um bom plano de gestão de riscos, tanto interno quanto externo, para que os gestores de projetos possam ter um controle preciso de todas as etapas, manter a equipe atenta e assim, reduzir as chances de impactos negativos.
A mitigação de riscos auxilia a organização a enfrentar incertezas de forma mais eficaz e proteger seus objetivos e interesses.
Quais são os riscos de um projeto?
Riscos no projeto são eventos ou condições incertas que podem gerar problemas nos processos, no resultado final ou nos objetivos. Eles representam fontes potenciais de problemas, atrasos, custos adicionais ou impactos indesejáveis que podem comprometer o sucesso do projeto.
Os riscos podem surgir de várias fontes, como incertezas tecnológicas, restrições de recursos, problemas de comunicação, falta de experiência da equipe, falta de tempo, condições ambientais, entre outros.
Esses riscos podem variar em termos de probabilidade de ocorrência e impacto, podendo ser classificados como baixos, médios ou altos em relação à sua importância para o projeto. São muitas as fontes de riscos que podem atrapalhar os processos, por isso, listamos abaixo as mais comuns:
- Falha na comunicação: é importante que todos os membros da equipe saibam as informações relacionadas ao projeto e se atentem às novas que possam surgir, pois muitas coisas podem dar errado pela falha na comunicação;
- Falta de aptidão de membros da equipe: o gestor precisa conhecer todos os membros da sua equipe e suas experiências. Caso o colaborador não saiba o que está fazendo ou não consiga entender os detalhes do projeto, isso pode gerar empecilhos na realização das atividades;
- Alterações no orçamento: geralmente, os projetos já possuem um orçamento pré-definido e ele pode não ser suficiente. Passar por cima disso pode gerar insatisfação do cliente, pela falta de planejamento, e consequentemente, causar problemas;
- Redução da equipe durante o projeto: pode causar conflitos e muito estresse entre a equipe envolvida no projeto, principalmente se a pessoa é uma peça chave, o que pode acarretar problemas no processo.
Mas além das fontes de riscos citadas acima, é importante também entender quais são os principais tipos. Confira, a seguir, cada um deles.
Risco de planejamento
O risco de planejamento refere-se à possibilidade de ocorrerem desvios ou falhas na execução do plano estabelecido para o projeto. Pode incluir a falta de clareza nas metas, deficiências na definição do escopo, estimativas de tempo e recursos inadequados, ou a ausência de um plano de contingência eficaz.
Esse tipo de risco pode afetar negativamente a execução do projeto, levando a atrasos, orçamentos excedidos e resultados insatisfatórios.
Risco de alcance
O risco de alcance está relacionado à possibilidade do projeto não atingir todos os objetivos e entregas planejadas. Pode ocorrer devido a mudanças nas necessidades dos stakeholders, falta de compreensão dos requisitos, escopo mal definido, falta de recursos adequados ou má gestão das expectativas.
Esse tipo de risco pode levar a lacunas na entrega do projeto, insatisfação dos clientes ou partes interessadas e impacto negativo na reputação da organização.
Risco tecnológico
O risco tecnológico refere-se a problemas que podem ocorrer relacionados a tecnologias, sistemas ou infraestrutura utilizados no projeto. Isso pode incluir a incompatibilidade entre diferentes sistemas, falhas de hardware ou software, falta de expertise técnica, segurança cibernética inadequada ou problemas de integração.
O uso de softwares inadequados também pode acarretar um baixo desempenho da equipe, e com isso, atrasar os prazos de entrega. Esse tipo de risco pode levar a interrupções no projeto, perda de dados, falhas de segurança ou baixo desempenho dos sistemas, afetando a eficiência e eficácia do projeto.
Risco relacionado a recursos
Esse risco está relacionado à disponibilidade, capacidade ou qualidade inadequadas dos recursos necessários para a execução do projeto. Isso pode envolver recursos humanos, financeiros, materiais ou equipamentos.
Este tipo pode incluir a falta de profissional qualificado, restrições orçamentárias, escassez de materiais, atrasos na entrega de equipamentos ou dependência de fornecedores específicos.
7 estratégias para criar um plano de mitigação de riscos
Para gerenciar os riscos em projetos é importante seguir um conjunto de etapas para aumentar as chances de ser concluído com sucesso. Assim, é possível evitar ou minimizar os danos caso algo aconteça. A seguir, listamos 7 estratégias para criar um plano assertivo e mitigar riscos.
- Identificação de riscos
O primeiro passo é identificar todos os possíveis riscos que a empresa possa enfrentar, através de um mapeamento. Isso pode ser feito por análise de dados, inspeções, consultas com especialistas, revisão de históricos de riscos passados, entre outros.
Essa estratégia é uma maneira de manter todos em alerta, e para que gestores e equipe consigam solucionar ou minimizar com eficácia e agilidade qualquer risco.
- Avaliação de riscos
Uma vez que os riscos tenham sido identificados, é necessário avaliá-los para determinar sua probabilidade de ocorrência e o impacto potencial para o projeto. Isso ajudará a priorizá-los com base em sua gravidade e permitirá uma alocação eficiente dos recursos para mitigação.
- Desenvolvimento de medidas de mitigação
É importante desenvolver medidas específicas para mitigar os riscos identificados. Isso pode incluir a implementação de controles de segurança, políticas e procedimentos atualizados, treinamento da equipe, backup de dados, entre outros.
- Monitoramento
O monitoramento contínuo é fundamental para que os gestores tenham um controle preciso das etapas do projeto e possam avaliar periodicamente a eficácia das estratégias de mitigação. Isso pode envolver a realização de auditorias, revisões periódicas, análise de tendências e ações corretivas, conforme necessário.
- Treinamento da equipe
Criar um plano eficiente de mitigação de riscos sem manter a equipe bem treinada e informada não tem eficácia alguma. É essencial que todos os funcionários estejam cientes dos riscos identificados, das medidas de mitigação implementadas e dos planos de contingência.
Por isso, é fundamental promover a conscientização e fornecer treinamento adequado para que todos saibam como lidar com os riscos e ajam conforme necessário.
- Melhorias contínuas
Periodicamente, é essencial revisar e atualizar o plano de mitigação de riscos para incorporar novas estratégias, quando preciso, ver as lições aprendidas com projetos anteriores e avaliar mudanças nas condições da empresa.
O processo de mitigação de riscos deve ser contínuo e adaptável para garantir a proteção eficaz contra ameaças potenciais.
- Sistema de gestão como aliado
O sistema de gestão desempenha um papel fundamental na implementação e execução eficaz de um plano de mitigação de riscos. A Pesquisa de Maturidade do Processo de Gestão de Riscos no Brasil aponta que apenas 27% das empresas brasileiras utilizam ferramentas tecnológicas para gerenciamento de riscos.
Esse dado mostra como é fundamental que as organizações se atentem ao uso desse tipo de tecnologia para auxiliar em uma gestão assertiva. Ela oferece uma abordagem estruturada e abrangente para identificar, avaliar e controlar os possíveis riscos ao longo do desenvolvimento de um projeto.
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